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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Relação homem/máquina no mundo moderno( reflexão)

Por Ianelda Rodrigues e Railton Santos
Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, proporcionam novas formas no comportamento dos homens junto à sociedade, e, portanto, na forma de pensar e agir. Nesse contexto, e após pesquisas e produções multimídias adquiridas por professores e alunos no C.E Gonçãlves Dias, ressalte-se, que o simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma estaque se associa, ora como causa, ora como consequência, a um pensar diferente. As máquinas de hoje, os modernos microcomputadores, e por extensão, os sistemas informatizados em geral, nos levam a ocorrência de uma relação homem / máquina, onde se desenvolve diversos fatores intelectuais determinados: na medida em que informações são interpretadas e utilizadas pelo usuário, estas atualizações operam sobre o indivíduo, que, pelo próprio acoplamento nas interfaces com a máquina, a partir das diversas possibilidades oferecidas, se renova e se modifica, desenvolvendo e participando ele mesmo, de um processo criativo contínuo e imprevisível. Uma consequência imediata, vista no cotidiano, na prática pedagógica, está na necessária mudança de postura do professor em seu trabalho, pois esse novo comportamento frente às tecnologias impõe-se uma revisão da forma como consideramos o ato de errar, não apenas no que se refere ao erro de cada um de nós, mas principalmente quanto ao considerarmos o erro de nosso aluno, em determinadas situações, como parte do processo de busca e experimentação, necessário à construção do conhecimento. Trata-se então de uma nova relação professor / aluno, na qual ambos caminham juntos, a cada momento, buscando, errando, aprendendo… Não se trata simplesmente de modificar a estrutura administrativa e curricular da escola, informatizando o processo já existente, sem um entendimento mais apurado do que se deseja realmente mudar. Em tais situações, muda-se usualmente apenas a forma, não a essência do processo, vindo a tecnologia simplesmente disfarçar os mecanismos tradicionais, dando a eles certo ‘ar de modernidade’: passa-se, por exemplo, da "aula-cópia e copiada" para a "aula-cópia informatizada e copiada", reforçando-se as relações de poder que permeiam a prática estabelecida. Ao contrário, a introdução da tecnologia, e de todas as suas novas vertentes, deve ser provocada, em suas origens, pela necessidade constatada de uma real mudança no processo educacional. Finalmente, registre-se que a escola, ainda aprisionada na cultura do passado, a cultura da escrita, do texto estático, do conhecimento fragmentado, precisa buscar as formas de lançar-se ao referido espaço do saber, caracterizado pela dinâmica do ciberespaço.

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